sexta-feira, 7 de março de 2008

INTRODUÇÃO - A grande omissão (Dallas Willard, Ed. Mundo Cristão) Parte 1

Belos hinos tradicionais de Natal proclamam que Jesus nasceu. Agora que ele entrou em nosso mundo e em nossa vida, as coisas serão diferentes. Esse tema se estende ao longo das eras até o presente. Nenhuma pessoa instruída pode pensar de outro modo. Afinal, a transformação para o bem é a essência das "boas novas", não?
Nos dias de hoje, porém, deparamos com uma enorme decepção em relação ao caráter e às influências das pessoas e instituições cristãs e, pelo menos por implicação, da fé cristã e sua visão da realidade. Grande parte dessa decepção é expressa pelos próprios cristãos ao descobrirem que as crenças que professam "simplesmente não estão funcionando" nem para eles mesmos a seu ver, nem para aqueles ao seu redor. De acordo com os padrões normais de avaliação, pelo menos o que eles descobriram não "excede todas as expectativas". Os livros de "desilusão" constituem uma subcategoria da literatura cristã. A autoflagelação não desapareceu do repertório cristão.
Mas essa decepção também é expressa por aqueles que se encontram separados do cristianismo "visível" (que talvez não tenham nenhum conhecimento real da situação ou que "se cansaram") e por aqueles que se opõem abertamente à fé cristã. Muitas vezes, essas pessoas repreendem os cristãos usando valores do próprio cristianismo, criticando-os de acordo com padrões definidos por Jesus. É evidente que existe uma Grande Disparidade entre a esperança de vida expressada em Jesus — uma realidade na Bíblia e numa série de exemplos magníficos entre seus seguidores — e o comportamento diário, a vida interior e a presença social da maioria dos que se dizem seguidores de Jesus.
Assim, somos obrigados a perguntar: Qual o motivo dessa Grande Disparidade? Ela é causada por algo inerente à própria natureza de Jesus e por aquilo que ele ensinou e trouxe à humanidade? Ou é resultante de fatores secundários que foram se associando a instituições e indivíduos cristãos ao longo do tempo? Será que estamos vivendo numa época em que, por algum motivo, os cristãos em geral e a maioria de seus líderes não entenderam o cerne da questão?
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Extraído do site http://www.mundocristao.com.br/produtosdet.asp?cod_produto=10560&cod_categoria=4 em 07/03/08

2 comentários:

Daniel disse...

Excelente escolha. O livro é extraordinário!

Anônimo disse...

Qual a diferença entre “cristão” e “discípulo”? Pode ser que você não veja nenhuma, ou considere apenas questão de semântica e que, no fim das contas, ambos os termos se equivalem. Para o teólogo e escritor Dallas Willard , porém, essas duas palavras podem guardar uma enorme distância entre si quando se trata de definir nosso papel no cumprimento da missão primordial da igreja.

Esse livro é muito bom mesmo, recomendo.